domingo, 19 de abril de 2009

A Caminho do Ceu


“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma,”
1 Pedro 2:11

Essa passagem manifesta verdades imprescindíveis para entendermos algumas situações que enfrentamos na nossa vida.

A Bíblia expõe aqui a nossa condição de estrangeiros, de alojados a uma terra estranha e alheia.

Percebo que ao deparar me com um indiano, um americano, um alemão ou um chinês, é muito provável que não tenha capacidade para identificar qual é a sua origem, mas é fácil concluir não se tratar de um Brasileiro.

Isso por que cada um deles possui um sotaque diferente, roupas, alimentação, costumes e tantas coisas que os tornam tão diferentes de mim.

Não são raras as vezes que também percebo um saudosismo e uma vontade incontrolável de se retornar a terra natal.

Mesmo com o passar dos anos e a distancia da sua terra, nota-se que costumes, trejeitos, amizades, sonhos, são preservados e que isso os faz ficar mais unidos entre exilados e distante dos hospedeiros.

Já morei fora do Brasil, e por mais que você queira se climatizar com a terra estranha, você não é dali e as diferenças ficam manifestas e expostas.

Assim, somos nós segundo São Pedro, estranhos em uma terra distante, identificados por nossos trejeitos e costumes. Cientes de que essa não é a nossa terra, de que por aqui não ficaremos confortáveis e nem para sempre. Certos de que nem sempre forasteiros são bem vindos e aceitos. Por isso vem a advertência, “aqui vai ser rápido, faça desse período algo proveitoso, não desperdice o seu chamado e o seu tempo”.

Misture-se, mas apenas o suficiente para influenciar e não ser influenciado. Não permita que a sua alma viva conflitos, embates alem dos que já lhe são inerentes a distancia de sua pátria amada. Privar-se das “paixões carnais”, é blindar a sua alma de invasores, de mal intencionadas e corruptos que não desejam a paz, mas sim a contaminação a infecção e a destruição. É não expor aquilo que temos de mais sensível, nossa alma, ao desgaste do inesperado e desconhecido. E´ preservar as nossas emoções e sentimentos.

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2 ”

Querido Irmão em Cristo, somos peregrinos rumo ao nosso verdadeiro destino, a Nova Jerusalém.

Pr.Claudiney
21/04/2009